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domingo, 5 de setembro de 2010

Sobre as tecnologias e as pessoas.

As tecnologias são citadas como protagonistas na evolução dos negócios. Os novos equipamentos ocupam espaços em todos os segmentos, proporcionam velocidade na execução das tarefas e a redução nos custos. Contudo, sem minimizar a importância das tecnologias, não podemos esquecer das pessoas. Não é suficiente possuir o melhor software se o operador apresenta relacionamentos conflituosos com a equipe que, por sua vez, gera impactos nos demais clientes internos e externos. Da mesma forma, o valor da tecnologia pode ser reduzido se as pessoas ocupam um papel secundário, não desenvolvem relações inteligentes com os clientes ou maculam a reputação da empresa. Para elucidar, lembro de um diretor que se queixava dos lucros insignificantes apesar de ter investido muito em tecnologias de ponta. Contudo, essa empresa apresentava um alto nível de rotatividade de funcionários, problemas de liderança autoritária, clima organizacional negativo e baixa qualidade associada à ausência de treinamento. Ninguém obtém lucratividade contínua com essa realidade interna. É um caso típico da fascinação tecnológica que obstrui a visão da importância dos recursos humanos para o êxito empresarial.
Alguns dizem a gestão de pessoas é para grandes organizações! Na verdade, não importa o tamanho ou o setor de atuação, a continuidade de uma empresa depende de pessoas bem geridas. Mas, como conquistar isso? Faça o seu benchmarking, isto é, busque identificar as melhores práticas que seus concorrentes utilizam nos subsistemas de desenvolvimento de pessoas, seja na seleção de profissionais, no treinamento técnico e comportamental, na avaliação de desempenho, na comunicação, na gestão de salários, entre outras ações. Associe as boas idéias ao tamanho de sua empresa, e não importa se você possui uma secretária ou 500 colaboradores. Um profissional mal selecionado pode interferir no desempenho de toda equipe!
Também faça uma auto-análise, tente responder: como está a sua inteligência emocional? Você consegue ouvir as pessoas de sua equipe? Você é capaz de dar feedback sobre o desempenho delas? Você busca solucionar os conflitos que surgem? Reconhece a sua conduta e os pontos que requerem melhoria? Sempre é bom lembrar: a equipe é o reflexo do modelo de gestão.
Assim, o fato de uma empresa possuir o melhor produto ou a melhor tecnologia na prestação de serviços não elimina a dependência da gestão de pessoas. A despeito dos avanços tecnológicos, o ser humano ainda determina o sucesso de uma organização. (Dias-Baptista, R., 2010).