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segunda-feira, 20 de maio de 2024

A Geração Z nas Organizações

 


Os Desafios da Geração Z nas Organizações

Os empregadores devem estar prontos para desenvolver um ambiente inovador se quiserem ser atrativos às pessoas da Geração Z. Isso significa investir na diversidade, no uso de tecnologias, na cultura da participação e da criatividade. É importante lembrar que a Geração Z não está desconectada das gerações anteriores, já que a empresas estão compostas da experiência da Geração X, Y e Boomers. No entanto, é preciso aprender a ‘passar o bastão’ para que a organização continue competitiva.

posted by Renato Dias Baptista às segunda-feira, maio 20, 2024
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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Tempos de coronavírus: é preciso ser louco ou covarde para se resignar

É preciso que o isolamento social nos conduza à introspecção. Todos nós teremos as emoções testadas enquanto a razão buscará decifrar a realidade. Em alguns momentos, serão respostas ao sofrimento, já que também se sofre por imaginar que sofrerá.
O cenário que a covid-19 evidenciará será a pobreza, o individualismo, o privilégio, a supressão de investimentos em saúde e educação, entre tantas outras mazelas que representam um terreno fértil para a propagação da doença e que exigem soluções.
No livro A Peste, de Albert Camus, uma passagem diz que a peste tem o seu lado bom porque abre os olhos e obriga a pensar. No entanto, os países não estavam preparados para enfrentar qualquer profundo deslize no status quo.
Leia em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/coronavirus/tempos-de-coronavirus-e-preciso-ser-louco-ou-covarde-para-se-resignar-a-peste-as-licoes-de-camus/
posted by Renato Dias Baptista às segunda-feira, maio 03, 2021
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Perseguição ao Trabalho Científico: Quando as bruxas dançam

(...) Enquanto a liberdade se manifesta, a tirania revela seu melhor padrão de controle. Basta analisar os dados de outras épocas para comprovar que as instituições mais desvairadas fitavam as expressões que não estavam vinculadas à ideologia vigente. A eliminação do ‘outro’ poderia ocorrer de diferentes formas a depender do que se maculava. Na inquisição, talvez dissessem que era melhor esperar as bruxas dançarem para poder caçá-las. Afinal, é preciso manifestar a liberdade para ser identificado, e todos sabem que os sentimentos se expressam no comportamento por meio de uma ampla variedade de linguagens. Bruxas, a propósito, como destaca a obra Les Sorcières – Une histoire de femmes – de Céline Du Chéné, tem poderes que perturbam, são fascinantes e atraentes para alguns, mas perigosas e malignas para outros. Assim, não é preciso uma longa abstração alegórica para perceber que essas características também são encontradas, por exemplo, no pensamento cientifico.

Fonte: Le Monde Diplomatique Brasil

Veja o texto completo em:

https://diplomatique.org.br/quando-as-bruxas-dancam/

posted by Renato Dias Baptista às segunda-feira, maio 03, 2021
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quarta-feira, 11 de março de 2020


Bacurau e Parasita: alegorias políticas contemporâneas


Leia em: 









posted by Renato Dias Baptista às quarta-feira, março 11, 2020
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Fonte do cartaz: Parasita - Cine Belas Artes

Parasita, o filme


A pobreza é apresentada tal qual um ‘esgoto’. Algo que os mais abastados não veem, e quando notam a presença, preferem pensar que não existe, mas o odor está ali instigando. Também em analogia, é nesse subterrâneo que a parte rica expele seus conteúdos sombrios. O cheiro parece ter sido um dos grandes protagonistas comunicacionais, ele em várias partes do filme foi uma fonte de desprezo, e que se torna a raiva manifestada ao final.

A família rica que vive numa mansão imaginada por um arquiteto famoso. De traços precisos almeja habitar pessoas que correspondam a esse projeto: “a família perfeita”. A mansão como artefato quer simular seus habitantes. Um executivo que absorve o cartesianismo socialmente impregnado. Lá também vivem sua esposa, que conduz ao significado de ‘vazio’, um filho e uma filha. O garoto um hiperativo que desenha conteúdos que esperneiam a própria vida. Os pais “perfeitos” no ponto de vista da sociedade burguesa, não sabem ouvi-lo e tentam enquadrá-lo na retorica cotidiana. A menina, por seu lado, é incentivada a buscar o conhecimento, mas mantem-se represada em seus instintos. Os ricos, na obra de Bong Joon-ho expectoram a ‘sombra’ na governanta que alimenta um ‘parasita’ no subsolo da mansão. O dejeto psíquico tem sempre um condutor.
A família pobre é a antítese dos que vivem na mansão. Igualmente possuem dois filhos e sabem que para sair da miséria é preciso ascender. Longe de pleonasmos, essa ascensão está na metáfora: uma casa onde o teto está na altura da sarjeta, um limite social que espreita através das janelas que ameaçam cotidianamente empurrá-los às ruas.
O ritmo neurótico dos abastados preliminarmente é encontrado nas cenas que revelam as tarefas que oprimem: a insana necessidade de perfeição ao dobrar caixas de pizzas.
A simbologia do deslocamento para a parte alta da cidade exprime um espaço difícil de atingir. Assim, o primeiro a entrar na mansão é o filho excluído pelo sistema, mas valorizado por seu conhecimento. Algo como: conheça e será capaz de subir. O bairro demanda galgar ruas íngremes para chegar à mansão, e o quarto da ‘aluna’ está na parte mais elevada da residência. Contudo, o jovem que chegou lá pelo conhecimento é sugado pela intangível felicidade da família burguesa que compõe o filme: Parasita.
Muito possivelmente a garota, interpretada por Jeong Ji-so, o vê refletindo a posição da mãe ‘vazia’ e a volatilidade do pai. Quando a personagem vivida por Park So-dam entra nesse tortuoso território, ela é a única que parece entender o mundo do filho caçula do casal burguês. 
O pai, o terceiro a entrar ou a vislumbrar a ascensão parece carregar com mais intensidade o instinto primitivo, e então se torna um empregado dos ricos. Como ele é o motorista, poderíamos inverter alguns termos da frase anterior e construir algo como: Os ricos são ‘conduzidos’ pelo instinto primitivo.
Logo, a esposa do personagem de Song Kang-ho, surge como uma governanta que despreza o luxo e ao mesmo tempo reivindica-o. Uma das grandes provocações do filme: tornar-se aquilo que despreza.
A família que buscou a ascensão termina em tragédia, assim como nos mitos gregos. O filme, ganhador do Oscar em quatro categorias, não revelou apenas uma ficção concebida no mundo sul coreano. Ele contou o sentimento social de todas as partes do planeta. Se transpusermos códigos, essa ação revela uma exclusão que também dizima a América Latina com palácios de toda natureza que propagam o desprezo aos mais pobres.

Prof. Renato Dias Baptista - UNESP
rd.baptista@unesp.br






posted by Renato Dias Baptista às terça-feira, fevereiro 18, 2020
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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

¿Cuál es el sonido de los luceros?





Injured protesters; Jose Soto, Diego Villegas, Edgardo Navararro, Antonio Morales, Vika, and Benton Cannavaro. Photographer: Tamara Merino/Bloomberg
                                                                                                                                   
¿Cuál es el sonido de los luceros?

Las respuestas se encuentran en todas las personas insatisfechas en los hospitales, las que se apiñan en las calles, en los autobuses; en todo lo que es público. Está en la población que muere en la jubilación con sus escasas pensiones, en la escuela que retrocede porque no ha podido entender el cambio a largo plazo, en todos los que son  asesinados por el Estado; directa o indirectamente.

Cuando la razón y la inteligencia están ausentes, el cerebro primitivo entra en juego: matar y dejar matar es la solución gubernamental. En este sentido están los que mueren sin atención hospitalaria, los niños de los barrios pobres que van a la escuela y no vuelven, las personas en el tráfico que favorece la máquina, los manifestantes que suplican por la vida en las calles del continente. Cuando matar no parece suficiente, los que gritan son cegados. Esta realidad también está al otro lado de la cordillera, donde el gobierno quita de la población que protesta aquello que "él" no tiene.

El gobierno chileno no tiene ojos para los que están económicamente excluidos de un sistema que favorece a los ricos. Mientras tanto, los medios latinoamericanos abordan  la buena posición económica del país en comparación con otros como un intento de suavizar los crímenes de los carabineros.
Bueno, esto también es muy común en Nicaragua, Costa Rica y otros países latinoamericanos. En el Brasil está presente con jactancia en las informaciones sobre muchas localidades, como en Río de Janeiro, por ejemplo. Una ciudad donde la cantidad de asesinatos está al borde del caos.

Pero alguien necesita cuidarlo. En cada historia de crimen, algunos medios reverberan en la misma cantidad el término 'ciudad maravillosa' o 'la favela[1]  es un "buen lugar" para vivir'. Una información agradable que los más ricos desean para quienes viven en la pobreza. Después de todo, mientras "ellos" crean que la vista de la colina es privilegiada - algunas asentadas en los morros próximos a las áreas “nobles” – el  paraíso estará garantizado. Por lo tanto, elogie todo lo que proviene de los barrios pobres, porque no se sentirán excluidos y los que no tienen acceso al sistema público de saneamiento ya no sentirán el olor. (En Brasil son más de 100 millones sin acceso).

En América Latina hay muchos más ojos que se pierden. La visión de la ciencia se deja de lado para implantar la "mirada ciega" en la toma de decisiones, la 'visión' de los datos pierde espacio para convicciones superficiales y aún se mutila la retina de un sistema educativo que debería "ver el futuro".
Sí, en Chile los manifestantes pierden los ojos, pero la comunidad global, a su vez, pierde la lengua. En América Latina poco se dice y poco se hace; hoy un continente con liderazgos ciegos enamorados por el caos.



Renato Dias Baptista, Doctor en Comunicación y Semiótica por la ‘Pontifícia Universidade Católica de São Paulo’ PUCSP. Docente de la ‘Universidade Estadual Paulista’ UNESP, Brasil.
E-mail: rdbapt@gmail.com




[1] Más de setecientas (IBGE)

posted by Renato Dias Baptista às segunda-feira, dezembro 30, 2019
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quinta-feira, 26 de setembro de 2019


Sugestão de leitura:  Quer trabalhar melhor? Encontre um tempo para refletir. https://lnkd.in/ga_iYKQ

posted by Renato Dias Baptista às quinta-feira, setembro 26, 2019
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quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Simetrias entre a peste e a corrupção


Artigo originalmente publicado no Estadão Noite

Renato Dias Baptista*, O Estado de S.Paulo

"A honestidade pode vencer a peste e também pode vencer a corrupção" Foto: marce/Morgue File



Os livros contêm os momentos da humanidade, representados por meio de relatos circunstanciados, de analogias ou de alegorias. A alegoria, a propósito, pode originar do autor ou de seus leitores. Neste último aspecto reside a proposta deste artigo. A ideia ocorre em circunstâncias pós-eleição presidencial e pós-leitura do livro ‘A Peste’, de Albert Camus. A obra, publicada em 1947, narra os relacionamentos humanos no decurso de uma peste. Para construir a alegoria, utilizei frases – algumas com adaptações - desse e os manterei em itálico como crédito ao autor.  
O tempo descrito por Camus demonstra perenizar e estar à espreita e sedento por vínculos. E este é o momento da conexão não aleatória, um tempo carregado por um descontentamento generalizado com a corrupção. A descrença na política que ora é asfixiada pela crença naqueles que se comprometem em extirpá-la, ressurge cambaleante e sem direção e faz renascer a mágoa na população. Uma população cansada sente que está distante daquilo que mais deseja. Sim, o amor desaparece porque o amor quer coisas futuras e o futuro parece nebuloso. 
A corrupção é a peste dos tempos atuais. Seria melhor um terremoto, porque após os abalos contam-se os mortos e não se fala mais nisso, mas a peste mata todos os dias. Ela está ali nos jornais, num descritivo sem fim como um jornal da epidemia. Contudo, a corrupção tal qual a peste tem o seu lado bom porque abre os olhos e obriga a pensar. Se nós convivemos nesta realidade é possível que tenhamos alguma responsabilidade, visto que isolamos alguns ratos e esquecemo-nos da contaminação. É preciso dizimá-la ao mesmo tempo em que tentamos entender o lado obscuro daquele ser humano contagiado por ela. Quando se vê os efeitos que ela traz é preciso ser covarde para se resignar.
Não podemos nos acostumar com a narração diária da corrupção veiculada na mídia, porque se pode chegar a um tempo em que as pessoas perceberão isso como uma abstração. Quando esse dia chegar, aqueles que corrompem terão controle absoluto, e neste cenário está localizada a censura da informação. Chegará uma hora que quando alguém disser que dois mais dois são quatro, este alguém poderá ser punido.
A honestidade pode vencer a peste e também pode vencer a corrupção. E até o dia em que isso ocorra, não adianta sentir pena, seja da sociedade ou de si mesmo, tampouco se manter subserviente, já que as pessoas cansam da piedade quando a piedade é inútil. 
É difícil dizer qual é o limite de tolerância da sociedade em relação à corrupção. Mas sabemos que a consciência surge na ruptura, no limite. Também devemos reconhecer que essa consciência não está no jornalismo declaratório, mas nos incontestáveis resultados de investigação.  
No mundo descrito por Albert Camus, o ambiente somente foi reconhecido com o surgimento dos ratos. E lá, como aqui, os ratos já estavam presentes, eles apenas se tornaram evidentes. “A peste nada mais era para eles do que uma visita desagradável que havia de partir um dia...”

* Renato Dias Baptista é professor assistente doutor do curso de Administração da Universidade Estadual Paulista, Unesp, Câmpus de Tupã.
E-mail: rd.baptista@unesp.br 


posted by Renato Dias Baptista às quinta-feira, agosto 29, 2019
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sexta-feira, 1 de março de 2019

Crisis de Identidad

Sísifo (em grego: Σίσυφος) Foto da obra de Pedro Lira: exposta no Museo de Bellas Artes. Santiago de Chile


No hay nada más obtuso que un ambiente organizacional con tecnologías de punta, gestionado por personas con concepciones obsoletas. La refexión es necesaria: el enfoque global en relación a los impactos de la revolución tecnológica a nivel estructural, conductual, informacional y comunicativo presentan notables diferencias que repercuten en el éxito o fracaso de la empresa.
Hay una disonancia entre las nuevas tecnologías y los entornos organizacionales tradicionales, la cual conduce a una crisis de identidad que parece que todavía no ha construido un camino efectivo hacia el éxito organizacional.
No hay atajos: antes, es necesario conocer la realidad corporativa para entonces realizar una planificación estratégica. Como dice Jean-Jacques Rousseau (1761),
“Sólo se llamó a las cosas por su nombre verdadero cuando se les vio bajo su verdadera forma”. 
En los países más pobres, la dependencia del capital extranjero, los niveles educativos incompatibles con las tecnologías actuales, la creencia en sistemas de información vinculados al control de las actividades son algunos de los protagonistas. Es necesario repensar la accion de gestionar tecnologias.
Lea más en: http://revistarazonypalabra.org/index.php/ryp/article/view/775
posted by Renato Dias Baptista às sexta-feira, março 01, 2019
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

A pressão sobre o Papa Francisco

Foto: Renato D. Baptista
Uma foto com elementos metafóricos. Obs: não é para retratar o Cardeal do Chile

Se concebermos que a comunicação é a essência dos organismos vivos, toda dissonância poderia frustrar esse princípio e fomentar inúmeras reações. As informações antagônicas podem avolumar as resistências, bem mais do que impulsionar a crença. As múltiplas faces ofuscam os pressupostos da unidade - Pope Francis - católica.
posted by Renato Dias Baptista às quinta-feira, fevereiro 21, 2019
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Outro episódio da Vale inserido na ininterrupta política brasileira

Fonte: G1/Globo.com -  Foto: Reprodução/GloboNews

Mutatis mutandis

Há um trecho impressionante do filme Network (1976) que transcrevo com algumas adaptações. Se você flexibilizar a mente, poderá incorporar às diferentes faces dos recentes episódios no país, seja na política ou na negligência das grandes corporações.

Eis então: Numa determinada parte do filme, Jensen, acionista-chefe da UBS Evening News, explica a Beale, o âncora, sua convicção de que o dinheiro é o único deus verdadeiro.

Jensen falando para Beale

É o fluxo e o refluxo.
A gravidade das marés, o equilíbrio ecológico.
Você é um homem idoso que pensa em termos de nações e povos!
Não há nações, povos, russos, árabes!
Não há 3o mundo, não há ocidente! Há apenas um sistema integrado de sistemas!
Um vasto, entrelaçado, interatuante, multivariado, multinacional, domínio de dólares!
Petrodolares, eletrodolares, multidolares! Minériodolares!
É o sistema monetário internacional que determina a vida deste planeta!
É a ordem natural das coisas hoje!
É a estrutura atômica e subatomica e galáctica das coisas hoje em dia!
E você se mete com as forças primitivas da natureza!
E vai reparar...
Não há democracia, só há IBM, ITT, Dupont, Dow, Union Carbide. (Vale S.A.)
Essas são as nações do mundo de hoje.
O mundo é um coligado inexorável determinado pelas imutáveis leis do negócio!
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Pergunto: Qual a efetividade da celebrada responsabilidade social das organizações?

http://www.vale.com/brasil/pt/investors/information-market/press-releases/paginas/cvrd-e-o-foco-na-responsabilidade-social-corporativa.aspx. Acesso em 31 jan. 2019.
posted by Renato Dias Baptista às quinta-feira, janeiro 31, 2019
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Casa de ferreiro...

Universidades inovadoras também devem inovar a si mesmas

A universidade pública demanda por uma revisão de valores com o objetivo de atender aos novos desafios relacionados ao seu papel. A estrutura lenta, preocupada com a própria folha de pagamentos e permeada pela procrastinação não pode desertar das reformulações.
Muito distante de uma concepção clichê, é preciso reafirmar o valor do planejamento estratégico e da responsabilidade na gestão dos recursos para acolher os anseios da pesquisa, do ensino, da extensão, bem como das novas conexões que a realidade global requer. E, como ocorre em qualquer organismo vivo, a demanda por mudanças é um pré-requisito para continuar a existir.
Os momentos de crise apenas evidenciam essa obrigação. Se os que “pensam sobre a universidade” – que em princípio deveriam ser inovadores – não apresentam os caminhos, a contabilidade ocupará esse espaço inabitado.
Todos nós sabemos que os números tendem a contemplar a complexidade em outro estilo.Veja-se o caso da preconizada terceirização das atividades-fim; ela espreita os espaços da administração pública e, de tanto espreitar, será convidada a entrar. Essa realidade é estimulada pela própria condescendência dos indivíduos ou a inexistência de sugestões efetivas. Por não se propor soluções permite-se o convencional.
Tal qual ocorre em todas as esferas do Estado, essa proposição baseia-se na ideia de que o termo “inovação da universidade” é algo aversivo, principalmente para os que consideram a instituição pública como um lugar individual, uma propriedade onde os temperamentos são aflorados, onde estabilidade confunde-se com estagnação, instantes em que os pontos de vista são modelos de gerenciamento e opiniões determinam os caminhos ao labirinto do adiamento.
A universidade pública não atingirá a inovação se não iniciar em si mesma essa ação. É preciso abandonar o corporativismo e a apatia, muitas vezes fomentada por uma antiquada estrutura de cargos, promoções que privilegiam o tempo de serviço e nomeações que não se vinculam às competências. Há muito tempo já se afirma que a capacidade de gestão não é nomeada, mas desenvolvida.
As mudanças internas poderão gradualmente facilitar o deslocamento em direção aos melhores conceitos globais de ensino, pesquisa, extensão e de conectividade. Sim, conectividade, esse é o termo evidenciado por Ellie Bothwell – Which universities are the most innovative? – da Times Higher Education and The World University Rankings ao afirmar que as parcerias entre universidades e indústrias são cada vez mais comuns no mundo todo. A propósito, ao citar Robert Tijssen, da Universidade de Leiden, ele afirma que a conectividade universidade-indústria é uma nova missão da universidade.
Essa missão será possível quando os interesses restritos derem espaço à coerência e quando a inovação vencer a inércia.
___________________________
Renato Dias Baptista, doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, é professor assistente doutor da Universidade Estadual Paulista, Unesp. E-mail: <rd.baptista@unesp.br>.
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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Qual é o rumo de sua empresa ?

  • por Renato Dias Baptista, 02 minutos de leitura - muitos outros de reflexão

Os tempos atuais estão impregnados de assimetrias, tente decifrar a realidade para não confundir uma âncora com um colete salva-vidas.
O que pode salvar você, em tese, não deveria afogá-lo.
Por exemplo, veja o que ocorre em sua empresa: existe um diálogo para enfrentar os desafios dos tempos atuais? Quando seu colega de área é demitido, você assume as tarefas? Se você conseguir incorporar ao seu rol de atividades, a nova contratação será descartada? E ainda, se depois de algum tempo, você alegar estar sobrecarregado, a sua liderança revisará suas funções e permitirá a contratação de outro funcionário? Ou você será considerado frágil, com possibilidade de ser demitido para que a empresa encontre alguém que ‘suporte’ o volume de tarefas?
Entenda! Existe um abismo entre os termos ‘multifuncional’ e ‘exploração’.Para uma pessoa ampliar seu conjunto de tarefas é preciso vincular tecnologias de ponta (leia-se equipamentos, processos e gestão e pessoas) que permitam atender as demandas de um cargo. Sem isso é exploração mesmo.
Similar aos mecanismos que estimulam o consumo de um produto e, após descobrir o dano, se propõem um recall, o malabarismo vocabular de muitas empresas podem tornam o trabalho ainda mais precário. E esse problema é mais acentuado em países pobres onde os empresários se aliam para almejar políticas neoliberais em contextos onde o Estado está ausente há muito tempo. Isso representa mais perdas do que ganhos.
O antagonismo se reflete nos agrupamentos de afortunados entre a pobreza em grande escala.
Um Estado jamais permanecerá em harmonia se ignorar seus cidadãos. Segundo o IBGE, 65,6 milhões de pessoas estão fora da força de trabalho - o dado inclui os desempregados e quem desistiu de procurar uma vaga. (VEJA). É uma mácula o Brasil permitir o atrofiamento da criatividade e fazer mergulhar o amor-próprio desse enorme contingente de pessoas.
Em síntese: se os empresários demandam governantes que favoreçam suas organizações; ambos deveriam investir em Sustentabilidade Social.
posted by Renato Dias Baptista às terça-feira, agosto 28, 2018
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Sobre a hipervelocidade das informações: a resposta está soprando ao vento

Foto: Renato D. Baptista

A hipervelocidade informacional representa um dos grandes desafios empresariais.

Uma redefinição nas estratégias é condição indispensável para, entre muitos objetivos, ampliar a produção, buscar novos fornecedores, ‘decifrar’ o perfil dos consumidores, entender as novas gerações e encontrar os mecanismos corretos para gerir uma cultura cada vez mais impactada pela nova realidade informacional. A despeito dos mecanismos de gestão, o ambiente organizacional se tornou ‘hiperaberto’ e ‘hiperinfluenciado’ pelo entorno.

As informações céleres que percorrem aplicativos de comunicação instantânea como, por exemplo, o whatsapp, ‘perfuram’ todos os contextos. O principal desafio está em antecipar os efeitos das informações que podem desestabilizar uma empresa. A evidência da miscigenação entre o ambiente interno e externo alavancou a importância dessa análise. Na opinião de Hofstede (2004) cada indivíduo pertence a vários grupos ou categorias em simultâneo que correspondem diferentes níveis de cultura: Um nível nacional, dependendo do país ao qual se pertence (ou países para as pessoas que emigram durante a sua vida); - um nível correspondente à pertença a um grupo regional e/ou étnico e/ou religioso e/ou linguístico; a maioria das nações é composta por grupos culturalmente diferentes do ponto de vista regional e/ou étnico e/ou religioso e/ou linguístico.

Esse e outros aspectos levam à proposição da cultura como – também - uma construção originada por informações assimiladas que, por sua vez, modulam os comportamentos. Percorra uma análise reflexiva... A propósito, reflita sobre as seguintes perguntas:
Quais são as gerações que consomem seus produtos/serviços ou que trabalham em sua empresa? Você encontrou modelos motivacionais específicos para cada uma delas? Seus valores corporativos são efetivamente simétricos às concepções dos diferentes públicos? Eles ecoam sobre seus produtos ou serviços? Sua empresa é capaz de identificar os códigos comunicacionais vigentes? Suas respostas são tão velozes quanto ao oceano de informações?
Se você tem as respostas, ótimo! Mas, em analogia ao trecho da música de Bob Dylan*, revise tudo continuamente pois, The answer is blowin' in the Wind.


Mergulhe um pouco mais nesse universo, recomendo os seguintes livros: AUBERT, Nicole. Le culte de l’urgence: la societé malade du temps. Flammarion. BAUMAN, ZYGMUNT. Modernidade liquida. GRAY, John. Cachorros de palha. Rio de Janeiro: Record. HOFSTEDE, G. Cultures and organizations: software for the mind. New York: McGraw-Hill. KUHN, Thomas S. A tensão essencial. São Paulo, Ed. Unesp, 2011. PRIGOGINE, Ilya. O nascimento do tempo. Ed. 70, Lisboa. SENNET, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record.
por: Renato Dias Baptista






posted by Renato Dias Baptista às terça-feira, agosto 28, 2018
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O rato tecnológico




O rato tecnológico

✔http://festivaldominuto.com.br/pt-BR/contents/42591


👌
posted by Renato Dias Baptista às terça-feira, agosto 28, 2018
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Quem identifica as suas competências?


A inteligência emocional sempre foi importante para a vida, mas tornou-se definitiva em tempos tecnologicamente acelerados.


por Renato Dias Baptista 
Um estudo sobre o Futuro do Trabalho apresentado pelo Fórum Econômico Mundial destacou que, segundo pesquisas, as principais características que os empregadores buscam são direcionadas às competências sociais, como a comunicação verbal e escrita, a capacidade de trabalhar em equipe de forma colaborativa e o saber influenciar os outros.
O relatório acrescenta ainda, o pensamento crítico, a resolução de problemas e a atenção aos detalhes.
Desenvolver essas competências exigirá uma mudança na forma como os estudantes são ensinados. (Libby Sander)
Harvey Deutschendorf, a propósito, destaca que as competências devem ser demonstradas desde uma entrevista de emprego. Elas são manifestadas pelo: saber ouvir atentamente, o compartilhamento de crédito por suas conquistas, deixar claro que está buscando melhorar o comportamento pessoal, dizer como soluciona os conflitos e exprimir interesse sobre os valores e a cultura da empresa.
A despeito de todas essas transformações, não podemos deixar de levar em conta os seguintes aspectos:
As mudanças nas organizações não estão alinhadas, isto é, existem muitas empresas que evoluíram seu ambiente interno, mas tantas outras que continuam obsoletas e são resistentes ou inábeis em contratar ‘gente talentosa’.
Diante disso, para que uma empresa almeje indivíduos com as competências contemporâneas, inicialmente ela deve reconstruir-se para possibilitar o desenvolvimento de todas as lideranças; não apenas daqueles que estão na equipe de Gestão de Pessoas.
Afinal, quem decide sobre as contratações não está isento de buscar desenvolver as competências acima descritas.
É preciso talento para distinguir, contratar e, especialmente, gerir pessoas talentosas.
posted by Renato Dias Baptista às terça-feira, agosto 28, 2018
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domingo, 18 de fevereiro de 2018

Assédio Moral: o declínio das relações humanas.



Há muitas assimetrias no mundo corporativo, mas neste momento eu gostaria de destacar uma delas: O Assédio Moral e seu papel no declínio das relações humanas. Observe ao seu redor! O grande volume de novas tecnologias que impulsionam a produção das "coisas". Contudo, a celeridade técnico-científica não representa necessariamente que as relações humanas tenham evoluído na mesma velocidade. Veja-se, por exemplo, o assédio moral que ocorre nas organizações.
Esse mecanismo recorrente de desqualificação de uma pessoa por outra que ainda persiste.
Persiste e passa por mutações. Quando um assediador se sente próximo de ser denunciado, tende a dizer à vitima que tudo não passou de uma ‘brincadeira’. Há quem passe a manipular o assédio e age de modo não verbal. O não olhar ou olhar com desprezo quando se dirige à vítima, estão entre esses métodos.
O tema não pode ser esquecido, já que a eliminação dessa perversidade corporativa não pode depender apenas das denúncias, é preciso incorporar medidas preventivas nas Práticas de Desenvolvimento de Pessoas. O assédio representa um desajuste no mundo do trabalho, a relação assediador e assediado indica um doente que busca adoecer outra pessoa.
Quando você for participar de uma entrevista de emprego, pergunte sobre os resultados das pesquisas de clima organizacional, busque informações sobre processos julgados – muitas estão acessíveis na internet - ou solicite dados sobre a formulação de metas e os fatores que a empresa proporciona para o cumprimento delas. Veja também se possuem um Canal de Ouvidoria Interna e os caminhos para acessá-la.
Reconhecemos que os investimentos em novas tecnologias são imprescindíveis às empresas, entretanto, a distribuição dos valores financeiros também devem incorporar ações de tratamento e eliminação do assédio moral.


Renato D. Baptista
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domingo, 5 de novembro de 2017

O feedback demanda por coerência

Uma das grandes apreensões no mundo pode ser encontrada nas expectativas que possuímos em relação aos que convivem conosco. Buscamos nosso melhor desempenho, mas sabemos que isso é uma tarefa compartilhada com outros indivíduos que também tentam equilibrar seus objetivos com suas angústias pessoais. Entretanto, quando esse ‘outro’ possui um papel de ‘liderança’ a perspectiva é ampliada, pois desejamos receber algo que aprimore a nossa performance. Em síntese, esperamos por feedback em todas as relações humanas.
Nas empresas mais competitivas, o alinhamento desses fatores é responsável pela criação de um espaço propício à criatividade. Afinal, o feedback que gera melhorias comportamentais não está relacionado às criticas destrutivas, à gestão autoritária ou à soberba de quem está numa posição de comando.
John Kao, professor de criatividade e desenvolvimento empresarial na Harvard Business School é enfático ao destacar o papel do feedback para a criação do jamming como uma maneira de alavancar os processos criativos dentro da organização. Esse termo significa a capacidade em vincular ideias com recursos - recursos humanos, recursos financeiros, recursos de conhecimento, recursos de infraestrutura. É trabalhar com pessoas de diferentes capacidades e, por meio da improvisação com inteligência, conceber algo novo, criativo e harmonioso. (Jamming, John Kao, 2009). Para atingir isso não basta se apoiar no modelo cartesiano de feedback, isto é, na concepção de que a informação de resultados já seria suficiente aos indivíduos. Algumas empresas, por exemplo, divulgam suas pesquisas de clima, avaliação de desempenho, treinamento, entre outras ações, na crença de que apenas a entrega desses resultados já representaria o necessário.
O caminho mais efetivo é capacitar a equipe sobre os elementos que compõem o feedback. Ele é construído na concepção de que todas as etapas de um processo de comunicação são levadas em conta. Entre inúmeros fatores é indispensável saber o que uma empresa ou individuo comunica? Quais são os códigos utilizados? Em quais canais são processadas as informações? Qual a capacidade cognitiva dos receptores? Qual o momento correto? Como articular uma informação e transformá-la em comunicação?
Esse processo não se encerra numa reunião, mas na busca da simetria entre as informações veiculadas para todos os públicos e as efetivamente realizadas.
Quando um gestor diz algo e age de outra forma, ele torna o feedback mais contraproducente quanto à ausência dele. Finalmente, também não é possível esperar a democracia em ambientes autoritários. Assim, O feedback demanda por coerência. Como já afirmou Tom Peters, o feedback não pode levar ao medo, mas permitir que o talento humano seja desenvolvido.


Publicado também em: https://www.empreenderjr.com


Autor: Renato Dias Baptista é Professor Doutor da Universidade Estadual Paulista, UNESP, campus de Tupã. E-mail: rdbaptista@tupa.unesp.br
posted by Renato Dias Baptista às domingo, novembro 05, 2017
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Sobre o trabalho análogo à escravidão


Um país deveria proteger o cidadão de modo mais amplo do que muitos poderiam perceber. Um Estado deveria ter a obrigação de ir além do senso comum ou da subserviência ao capital. Precisaria ser o primeiro em dar as respostas certas, não apenas pelo motivo de que a velocidade nas ações seria uma de suas missões, mas porque, por pressuposto, saberia mais. Quem tem o conhecimento possui responsabilidade e precisa reagir rapidamente às demandas daqueles que representam o motivo de sua existência.
A fragilidade de um governo abre caminho para tolerâncias tendenciosas. As decisões por escambo parecem representar a busca de uma salvação. Um presidente que insiste em dizer que possui lisura cederia à ganancia dos egocêntricos?
Por exemplo, o debate de alguns meses atrás estava direcionado à decisão de aprovação do presidente Michel Temer em relação ao Projeto de Lei que libera a terceirização para todas as atividades da empresa.

A despeito da ampla discussão na ocasião, não há dúvidas sobre a irreflexão daqueles que a apoiaram. Sim, há uma perda, já que se entende que são as atividades a serem terceirizadas e não os empregados. Se ficássemos apenas nesse aspecto já seria evidente uma decomposição nas relações de trabalho diante da migração do empregado para organismos mais frágeis de representação, a redução de benefícios, postos de trabalho e salários na maioria das situações.
Temos um Estado que modifica as relações de trabalho em detrimento dos trabalhadores.
Claro, é preciso lembrar que havia exageros em alguns grupos opositores que diziam que a terceirização “rasgaria a carteira de trabalho”. Não ocorreria isso, mas a decisão ‘legalizou’ a deterioração. O retrocesso passa a ser registrado em carteira.
Agora, a mais recente questão está na redefinição sobre o conceito de ‘trabalho análogo à escravidão’. Algo que coloca outra gota tóxica nas relações trabalhistas.
Um dos pontos da proposta indica que, se o trabalhador não tem a supressão de sua liberdade, não poderia ser interpretado ‘análogo à escravidão’. Entretanto, se um trabalhador aceita condições restritivas, insalubres ou abusivas, não significa que o Estado tenha que ser condescendente com as organizações que subtraem por conta própria suas obrigações.
Se brasileiros ou estrangeiros se submetem às condições ‘análogos à escravidão’ não quer dizer que, por não terem oportunidades em suas regiões ou países, que isso deveria passar a ser legalmente tolerável.
Um bom governo deveria defender aqueles que se submetem e não seus opressores. Teria que enxergar mais longe do que os seus próprios cidadãos.
As atuais decisões denotam um dirigente que olha para trás. O governo retrocede para satisfazer grupos de políticos ou empresários de um setor onde mais se encontram os subjugados,
As efetivas lideranças políticas jamais deveriam permitir um declínio na construção da democracia.

*Renato Dias Baptista, é docente da Universidade Estadual Paulista, Unesp, câmpus de Tupã. E-mail: rdbaptista@tupa.unesp.br


Publicado em: Jornal Correio de Noticias, 10, 2017
posted by Renato Dias Baptista às domingo, novembro 05, 2017
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domingo, 28 de maio de 2017

Universidades inovadoras também devem inovar a si mesmas

A universidade pública demanda por uma revisão de valores com o objetivo de atender aos novos desafios relacionados ao seu papel. A estrutura lenta, preocupada com a própria folha de pagamentos e permeada pela procrastinação não pode desertar das reformulações.
Muito distante de uma concepção clichê, é preciso reafirmar o valor do planejamento estratégico e da responsabilidade na gestão dos recursos para acolher os anseios da pesquisa, do ensino, da extensão, bem como
das novas conexões que a realidade global requer. E, como ocorre em qualquer organismo vivo, a demanda por mudanças é um pré-requisito para continuar a existir.
Os momentos de crise apenas evidenciam essa obrigação. Se os que ‘pensam sobre a universidade’ - que em princípio deveriam ser inovadores - não apresentam os caminhos, a contabilidade ocupará esse espaço inabitado.
Todos nós sabemos que os números tendem a contemplar a complexidade em outro estilo.
Veja-se o caso da preconizada terceirização das atividades fim, ela espreita os espaços da administração pública e, de tanto espreitar, será convidada a entrar. Essa realidade é estimulada pela própria condescendência dos indivíduos ou da inexistência de sugestões efetivas. Por não se propor soluções permite-se o convencional.
Tal qual ocorre em todas as esferas do Estado, essa proposição se baseia na ideia de que o termo ‘inovação da universidade’ é algo aversivo, principalmente para os que consideram a instituição pública como um lugar individual, uma propriedade onde os temperamentos são aflorados, onde a estabilidade confunde-se com estagnação, instantes em que os pontos de vista são modelos de gerenciamento e opiniões determinam os caminhos ao labirinto do adiamento.
A universidade pública não atingirá a inovação se não iniciar em si mesma essa ação. É preciso abandonar o corporativismo e a apatia, muitas vezes fomentada por uma antiquada estrutura de cargos, promoções que
privilegiam o tempo de serviço e nomeações que não vinculam às competências. Há muito tempo já se afirma que a capacidade de gestão não é nomeada, mas desenvolvida.
As mudanças internas poderão gradualmente facilitar o deslocamento em direção aos melhores conceitos globais de ensino, pesquisa, extensão e de conectividade. Sim, conectividade, esse é o termo evidenciado por Ellie Bothwell - Which universities are the most innovative? – da Times Higher Education and The World University Rankings ao afirmar que as parcerias entre universidades e indústrias são cada vez mais comuns no mundo todo. A proposito, ao citar Robert Tijssen da Universidade de Leiden, ele afirma que a conectividade universidade-indústria é uma nova missão da universidade.
Essa missão será possível quando os interesses restritos derem espaço à coerência e quando a inovação vencer a inércia.

Renato Dias Baptista, doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, é professor assistente doutor da Universidade Estadual Paulista, UNESP, Campus de Tupã. E-mail: rdbaptista@tupa.unesp.br
posted by Renato Dias Baptista às domingo, maio 28, 2017
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sexta-feira, 1 de julho de 2016

A Lava Jato e os círculos dantescos

Devils confronting Dante and VirgilCreator: Doré, Gustave IN: http://www.worldofdante.org/


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Na ‘Divina Comédia’, de Dante Alighieri, encontramos impulsos para relacionar uma das atuais faces do Brasil. Em ‘Inferno’, a primeira parte, o conjunto de metáforas nos possibilita entender um pouco do espírito humano em tempos em que a justiça protagoniza as mudanças.
Tal qual na obra citada, os resultados de investigações possuem uma precisão matemática que revelam as conexões de uma rede que forma os círculos que conduzem aos pontos mais profundos.
Os envolvidos submergem numa faceta de inocência e afloram diante do ‘ar’ das evidências. O abismo do ‘Inferno’ é revelado a cada círculo; quanto mais profundo, maior é o lodo.
De acordo com Dorothy Sayers, o ‘Inferno’ de Dante Alighieri abriga um espaço aos corruptos. Eles possuem uma característica humana que exige o uso do intelecto. O indivíduo não só procurou o mal por vontade própria, como também o planejou e premeditou o seu ato na sua mente antes de executá-lo.
“Os corruptos tiram proveito da confiança que a sociedade deposita neles.” [Sayers, 49]. Eliminar esse comportamento demanda uma profunda coragem para enfrentar os que preferem ficar nele.
Assim, como ‘Cérbero’, o cão de três cabeças da mitologia grega que guarda a entrada do mundo subterrâneo e não deixa sair quem entra, a corrupção representa seu papel similar. Quando alguém se conecta a ela, a própria rede impossibilita sua saída.
É necessário enfrentar tudo o que possibilita a entrada no mundo do suborno, bem como aquilo que controla a saída dos que entraram. Se poucos conseguiram escapar da guarda de ‘Cérbero’, não é diferente na corrupção que alimenta múltiplas conexões, favores, campanhas, votos, cargos (…). Nessa alegoria, a corrupção representa a imagem do desejo descontrolado, a ambição por milhões, bilhões; ou por centavos, desde que se transformem em milhões.
Mas o corrupto não representa somente valores desviados, sua psique reverbera na sociedade como um modismo e pelo desejo compulsivo. A punição não é suficiente, é preciso gerar a vigilância, não apenas pela ilegalidade, mas pelos efeitos nocivos na sociedade.
O desenredo não será encontrado na conclusão de um processo. A corrupção é um inimigo sempre à espreita e, como fraqueza humana, sempre ressurge. Por isso, é preciso evidenciar o cuidado com a rotulação de heróis, e estes, por sua vez, não se deixarem fascinar. Afinal, o deslumbramento é uma atitude da qual o corrupto mais aspira ver em seus sentenciadores, já que isso seria o primeiro sinal de fraqueza diante das amplitudes da corrupção.

* Texto publicado originalmente no Estadão

* Renato Dias Baptista, doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, é professor assistente doutor da Universidade Estadual Paulista, UNESP, Câmpus de Tupã. E-mail: rdbaptista@tupa.unesp.br
posted by Renato Dias Baptista às sexta-feira, julho 01, 2016
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sábado, 26 de março de 2016

Estadão Noite: Entre a justiça e a tragédia ética



posted by Renato Dias Baptista às sábado, março 26, 2016
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Estadão Noite: Do terror ao vazio


posted by Renato Dias Baptista às sábado, março 26, 2016
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Renato Dias Baptista

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Professor da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Link do Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4316152759255562
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