Neste ensaio - publicado no Observatorio de la CiberSociedad -
busquei discutir uma das faces da Internet.
(...) Uma busca na Internet revela os recônditos do inconsciente. Lá estão as mensagens dos grupos de esquerda, de direita, de centro e de tantas outras definições políticas. A mensagem do Sumo Pontífice, dos rabinos, mulçumanos, presbiterianos, budistas e de todas as formas de devoção. Está também a visita ao berçário e à necrópole. Há sugestões de alimentação de todo tipo, conversas do dia-a-dia, finanças, arte, verdades e mentiras numa aparente liberdade regida por uma “coleira digital” (termo utilizado por BEIGUELMAN, 2005). Se estiver armazenado em algum cérebro, existe a possibilidade de ser enviado para a grande rede; o inconsciente coletivo digital. Essa característica não é necessariamente positiva, visto que o inconsciente armazena dados que formam inúmeras conexões. Eles revelam a bondade e todo tipo de imperfeição.
As inúmeras maneiras de utilizar a Internet representam igualmente a face humana. Ela abarca o lado racional e a fuga. Mas, como diz Riesman (p.185), “pelo fato de o conceito de fuga ser muito escorregadio, devemos sempre perguntar: fuga de onde e para onde?
Todo individuo busca incessantemente o equilíbrio, ele revela esse aspecto no “real” e no virtual. A típica comparação do computador com o cérebro humano é - sem cultuar a psicanálise -, complementada com a Internet, visto que ela absorve informações do consciente e do inconsciente. Turkle (1989), a propósito, analisou as questões da antropomorfização do computador num momento em que as máquinas proliferavam na vida pessoal e profissional. A denominação “segundo eu” representou bem a transposição das ações cotidianas para essa tecnologia. Logo após, as relações do individuo com a máquina foram acentuadas com o advento da Internet. Com ela, o culto à urgência, destacado por Aubert (2003), passou a caracterizar a sociedade contemporânea. Assim, a Internet é inquieta e, como o cérebro humano, retém milhões de conexões que abarcam as centenas de pensamentos de um individuo aparentemente estático. Ela depende de uma máquina estática para gerar a utopia da liberdade, o inconsciente revelado. Está na ítegra em: http://www.cibersociedad.net/congres2009/es/coms/internet-the-plastic-order/223/
As inúmeras maneiras de utilizar a Internet representam igualmente a face humana. Ela abarca o lado racional e a fuga. Mas, como diz Riesman (p.185), “pelo fato de o conceito de fuga ser muito escorregadio, devemos sempre perguntar: fuga de onde e para onde?
Todo individuo busca incessantemente o equilíbrio, ele revela esse aspecto no “real” e no virtual. A típica comparação do computador com o cérebro humano é - sem cultuar a psicanálise -, complementada com a Internet, visto que ela absorve informações do consciente e do inconsciente. Turkle (1989), a propósito, analisou as questões da antropomorfização do computador num momento em que as máquinas proliferavam na vida pessoal e profissional. A denominação “segundo eu” representou bem a transposição das ações cotidianas para essa tecnologia. Logo após, as relações do individuo com a máquina foram acentuadas com o advento da Internet. Com ela, o culto à urgência, destacado por Aubert (2003), passou a caracterizar a sociedade contemporânea. Assim, a Internet é inquieta e, como o cérebro humano, retém milhões de conexões que abarcam as centenas de pensamentos de um individuo aparentemente estático. Ela depende de uma máquina estática para gerar a utopia da liberdade, o inconsciente revelado. Está na ítegra em: http://www.cibersociedad.net/congres2009/es/coms/internet-the-plastic-order/223/